O pequeno município, porém, tem personalidade própria e muitos encantos, a começar pela localização, entre o Oceano Atlântico e o Rio Paraíba.
A rica história - em função de seu porto estratégico - presenteou Cabedelo com monumentos e construções que ainda hoje estão de pé. Um dos cartões-postais é a fortaleza de Santa Catarina, transformada em centro cultural e turístico e com belíssima vista panorâmica.
Erguido em 1586, o forte sofreu ataques de invasores franceses e holandeses nos séculos 16 e 17 e chegou a ser tomada por Maurício de Nassau. As grandes muralhas guardam peças de artilharia e um pequeno museu onde chamam a atenção os mapas feitos de azulejos.
A região abriga ainda praias de águas quentes e transparentes, acompanhadas por coqueirais e com movimento tranquilo até mesmo no verão. Point dos surfistas, Intermares - também chamada de Mar dos Macacos - é ainda local de desova de tartarugas marinhas.
Já Camboinhas, frequentada pelos jovens que se espalham pelos bares e quiosques, é mais conhecida pela Ilha de Areia Vermelha - um banco de areia que se forma na maré baixa, a dois quilômetros da costa, onde a pedida é nadar entre peixes coloridos. Barcos partem de Camboinhas e da praia do Poço em direção ao aquário natural.
No fim do dia, todos os caminhos levam à praia fluvial do Jacaré, que fica lotada de turistas e moradores de Cabedelo, João Pessoa e arredores. Ali, o pôr do sol acontece ao som do Bolero de Ravel. É bom chegar bem antes das 17h para conseguir uma boa mesa nos concorridos deques dos bares instalados na área. E acompanhar de perto a emocionante despedida do astro-rei em sintonia com o saxofone do músico Jurandy, devidamente instalado a bordo de um barquinho.
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A região de Paranapiacaba tem mostrado seu talento para trilhas desde séculos passados. Sobre aquelas terras íngremes da Serra do Mar passaram índios sul-americanos que cruzavam o Caminho do Peabiru em direção aos Andes, insistentes padres jesuítas que subiam até o Planalto de Piratininga (que anos mais tarde seria conhecido como São Paulo) e trabalhadores europeus que ajudariam a escrever a história ferroviária do Estado.
Localizada no topo de uma falha geológica milenar que rasga a Mata Atlântica, entre São Paulo e o litoral, essa vila histórica declarada Patrimônio Nacional pelo Iphan tem se transformado também em destino para caminhadas de fácil acesso com visual cenográficos a pouco mais de 50 km da capital paulista.
Não muito longe daquelas ruas estreitas de terra e casas em estilo europeu erguidas com pinho de riga trazido da Letônia, o visitante encontra um labirinto de caminhos com mata fechada, águas claras de nascentes do Rio Grande e uma tímida fauna que inclui jaguatiricas, suçuaranas, antas e capivaras.
Atualmente, o Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba abriga seis trilhas pelo interior dessa área preservada de 426 hectares formada por um cinturão verde de Mata Atlântica, na divisa com o Parque Estadual da Serra do Mar, que alia capítulos históricos da vila.
Ao longo do roteiro é possível conhecer o sistema inglês de abastecimento que, desde o século 19, leva água para a parte mais alta da vila; a antiga estrada de pedras que chega ao topo de um mirante que abrigava as antenas da extinta TV Tupi; e os caminhos de visual panorâmico que correm em direção ao litoral de São Paulo.
“Estas trilhas não visam apenas a observação de animais. Ajudamos os visitantes a prestar atenção nos rastros deixados pela fauna local. O que vale é o lúdico”, explica Laércio Marangon, guia local conhecido por ter mais de 230 sons de aves arquivados em seu celular para atrair espécies como o tangará dançarino e o papa taoca do sul durante caminhadas de observação de animais.
Abandonada a partir da década de 80, a vila foi adquirida pela prefeitura do município de Santo André, em 2002, por R$ 2,1 milhões e, atualmente, funciona como um destino turístico com focos ambientais e históricos.
Esta vila de passado inglês às margens da estrada férrea que ligava Jundiaí a Santos surgiu em 1867 como residência para trabalhadores da São Paulo Railway Co., responsáveis pela construção da primeira estrada ferroviária de São Paulo.
O destino abriga até hoje ícones da época como a residência do engenheiro chefe, uma construção em estilo vitoriano do final do século 19, conhecida como Castelinho, localizada no alto de uma colina; o maquinário do relógio da estação local que possui (distantes) referências ao Big Ben londrino; o complexo sistema funicular de transporte por plataformas até o nível do mar; e o Clube União Lyra Serrano, uma das últimas construções feitas pelos ingleses.
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Que na maré baixa ganha piscinas naturais -, das caminhadas por trilhas em matas nativas e da prática de wind ou kitesurf, levando em conta que os ventos que sopram por ali são perfeitos para velejar. Quem não tem intimidade com velas e pipas pode acompanhar as manobras da areia, no embalo do reggae.
Depois de curtir ou radicalizar, é hora de apreciar o alaranjado pôr do sol em meio aos coqueirais. Antes de voltar para a pousada - os estabelecimentos são rústicos, mas muito aconchegantes - vale seguir para os restaurantes e saborear os pratos à base de frutos do mar, com destaque para as porções de camarão e ostra. A água de coco gelada acompanha a refeição e o caju é a pedida para a sobremesa.
A seis quilômetros de Icaraizinho fica a praia de Moitas, ainda mais bucólica, com dezenas de barquinhos atracados. Não deixe de fazer o principal passeio da área - o de balsa, que leva à nascente do rio Aracatiaçu. A embarcação passa por mangues e fazendas de criação de camarão até chegar ao distrito vizinho de Mosquito, onde vilas se escondem entre dunas.
Outro pacato vilarejo nos arredores de Icaraí de Amontada é Caetanos. Rodeada por coqueiros, a praia tem mar calmo, mas recebe rajadas de vento perfeitas para a prática de esportes náuticos. Merecem destaques os restaurantes - apesar de simples, servem deliciosos pratos exóticos como moqueca de arraia e cação ao molho de coco. Estique o passeio até à deserta Lagoa do Sabiaguaba, emoldurada por dunas e coqueirais.
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Além do mais, alguns leitores e amigos me perguntam como e onde posso praticar meu inglês. As comunidades mais ativas do Couch Surfing, ou CS para os íntimos, têm reuniões semanais para os CouchSurfers que estão na área. É uma oportunidade perfeita para conhecer gente nova, praticar seu inglês fazer contatos pelo mundo, e tomar alguma coisa com muita gente legal e cabeça aberta.
Quando queremos abrir asas e voar, muitas vezes o problema maior é responder para onde e como. No CS você tem a oportunidade de encontrar a resposta para estas duas perguntas fundamentais na vida de qualquer nômade como nós. Já são mais de 3 milhões de membros ao redor do planeta esperando para receber pessoas de todas as raças e credos.
Uma das coisas que mais me chama a atenção no CS é a prioridade pela segurança dos Couch Surfers. Não existe a preocupação sobre parar na casa de um psicopata ou coisa parecida! Antes de fazer um “Couch request” você pode checar a avaliação do seu anfitrião, informações pessoais e tudo mais que você queria saber sobre uma pessoa.
Sou parte do Couch Surfing desde o final de 2009, o que me ajudou e muito nestas viagens loucas que faço por aí! No Couch Surfing você pode encontrar um lugar para ficar, companhia, oportunidade de conhecer a cultura local a fundo. A experiência mais legal que tive foi em Bergen, na Noruega. Lá tive a oportunidade de encontrar outras pessoas do CS na mesma situação que eu – trabalho de verão – e pegar dicas de como lidar com a papelada, ou dicas de mais lugares para trabalhar, e visitar. Fora que é sempre bom ter um grupo de pessoas para tomar um café depois de um longo dia de trabalho e a cada dia descobrir novos lugares para visitar com seus novos amigos.
Como membro seu dever é ter a mente aberta para todos os tipos de culturas e respeitar o próximo acima de tudo. A missão do projeto de acordo com o site é: “apreciar diversidade espalha tolerância e cria uma comunidade global”. Estes dias estava conversando com Eduardo Canastra, Embaixador do Couchsurfing no Rio de Janeiro “e apaixonado pelo projeto”. Bati um papo com ele e acho que vale a pena para os nossos leitores darem uma olhada no projeto do “Couch” ou CS, como é chamado entre seus membros:
- Qual é a essência do Couch Surfing?
Ter um amigo local! É você poder viajar e saber que vai ter alguém local para tomar uma cerveja, conversar e talvez, até te hospedar.
- Há quanto tempo você é parte do CS e de que forma você colabora com o projeto?
Desde 2009 estou ativo no CS. Hoje sou embaixador voluntário no Rio de Janeiro. A 3a comunidade mais ativa do mundo.
- Quantas pessoas mais ou menos você já recebeu na sua casa e quantas vezes você “surfou” por aí? Mais ou menos? Recebi já umas 80 pessoas na minha casa e já surfei uns 10 sofás pelo mundo.
- Quais são os pontos positivos de surfar no couch de alguém?
É a troca de cultura. Você passa a viver a rotina do outro, segue as dicas dele e não entra em furada. É muito bom entrar na outra cultura pela porta da frente, pelas mãos de alguém que conhece o local.
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Quais são as comunidades do CS mais ativas hoje no Brasil?
No Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Salvador.
No mundo: Buenos Aires, Berlim, Rio de Janeiro, Londres e Paris.
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