Cabedelo é uma cidade, mas parece um bairro de João , de tão próximo que está da capital - apenas 28 quilômetros separam os dois destinos

26 maio, 2014
O pequeno município, porém, tem personalidade própria e muitos encantos, a começar pela localização, entre o Oceano Atlântico e o Rio Paraíba. 
A rica história - em função de seu porto estratégico - presenteou Cabedelo com monumentos e construções que ainda hoje estão de pé. Um dos cartões-postais é a fortaleza de Santa Catarina, transformada em centro cultural e turístico e com belíssima vista panorâmica. 


Erguido em 1586, o forte sofreu ataques de invasores franceses e holandeses nos séculos 16 e 17 e chegou a ser tomada por Maurício de Nassau. As grandes muralhas guardam peças de artilharia e um pequeno museu onde chamam a atenção os mapas feitos de azulejos. 

A região abriga ainda praias de águas quentes e transparentes, acompanhadas por coqueirais e com movimento tranquilo até mesmo no verão. Point dos surfistas, Intermares - também chamada de Mar dos Macacos - é ainda local de desova de tartarugas marinhas. 

Já Camboinhas, frequentada pelos jovens que se espalham pelos bares e quiosques, é mais conhecida pela Ilha de Areia Vermelha - um banco de areia que se forma na maré baixa, a dois quilômetros da costa, onde a pedida é nadar entre peixes coloridos. Barcos partem de Camboinhas e da praia do Poço em direção ao aquário natural.

No fim do dia, todos os caminhos levam à praia fluvial do Jacaré, que fica lotada de turistas e moradores de Cabedelo, João Pessoa e arredores. Ali, o pôr do sol acontece ao som do Bolero de Ravel. É bom chegar bem antes das 17h para conseguir uma boa mesa nos concorridos deques dos bares instalados na área. E acompanhar de perto a emocionante despedida do astro-rei em sintonia com o saxofone do músico Jurandy, devidamente instalado a bordo de um barquinho.
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Antiga vila inglesa, Paranapiacaba oferece trilhas para aventureiro

19 maio, 2014
A região de Paranapiacaba tem mostrado seu talento para trilhas desde séculos passados. Sobre aquelas terras íngremes da Serra do Mar passaram índios sul-americanos que cruzavam o Caminho do Peabiru em direção aos Andes, insistentes padres jesuítas que subiam até o Planalto de Piratininga (que anos mais tarde seria conhecido como São Paulo) e trabalhadores europeus que ajudariam a escrever a história ferroviária do Estado.


Localizada no topo de uma falha geológica milenar que rasga a Mata Atlântica, entre São Paulo e o litoral, essa vila histórica declarada Patrimônio Nacional pelo Iphan tem se transformado também em destino para caminhadas de fácil acesso com visual cenográficos a pouco mais de 50 km da capital paulista.
Não muito longe daquelas ruas estreitas de terra e casas em estilo europeu erguidas com pinho de riga trazido da Letônia, o visitante encontra um labirinto de caminhos com mata fechada, águas claras de nascentes do Rio Grande e uma tímida fauna que inclui jaguatiricas, suçuaranas, antas e capivaras.


Atualmente, o Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba abriga seis trilhas pelo interior dessa área preservada de 426 hectares formada por um cinturão verde de Mata Atlântica, na divisa com o Parque Estadual da Serra do Mar, que alia capítulos históricos da vila.

Ao longo do roteiro é possível conhecer o sistema inglês de abastecimento que, desde o século 19, leva água para a parte mais alta da vila; a antiga estrada de pedras que chega ao topo de um mirante que abrigava as antenas da extinta TV Tupi; e os caminhos de visual panorâmico que correm em direção ao litoral de São Paulo.
“Estas trilhas não visam apenas a observação de animais. Ajudamos os visitantes a prestar atenção nos rastros deixados pela fauna local. O que vale é o lúdico”, explica Laércio Marangon, guia local conhecido por ter mais de 230 sons de aves arquivados em seu celular para atrair espécies como o tangará dançarino e o papa taoca do sul durante caminhadas de observação de animais.


Abandonada a partir da década de 80, a vila foi adquirida pela prefeitura do município de Santo André, em 2002, por R$ 2,1 milhões e, atualmente, funciona como um destino turístico com focos ambientais e históricos.
Esta vila de passado inglês às margens da estrada férrea que ligava Jundiaí a Santos surgiu em 1867 como residência para trabalhadores da São Paulo Railway Co., responsáveis pela construção da primeira estrada ferroviária de São Paulo.


O destino abriga até hoje ícones da época como a residência do engenheiro chefe, uma construção em estilo vitoriano do final do século 19, conhecida como Castelinho, localizada no alto de uma colina; o maquinário do relógio da estação local que possui (distantes) referências ao Big Ben londrino; o complexo sistema funicular de transporte por plataformas até o nível do mar; e o Clube União Lyra Serrano, uma das últimas construções feitas pelos ingleses.
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A vida corre mansa em Icaraí de Amontada, também chamada de Icaraizinho por seus moradores. Na vila de pescadores, as atrações ficam por conta do banho de mar

12 maio, 2014

Que na maré baixa ganha piscinas naturais -, das caminhadas por trilhas em matas nativas e da prática de wind ou kitesurf, levando em conta que os ventos que sopram por ali são perfeitos para velejar. Quem não tem intimidade com velas e pipas pode acompanhar as manobras da areia, no embalo do reggae.

Depois de curtir ou radicalizar, é hora de apreciar o alaranjado pôr do sol em meio aos coqueirais. Antes de voltar para a pousada - os estabelecimentos são rústicos, mas muito aconchegantes - vale seguir para os restaurantes e saborear os pratos à base de frutos do mar, com destaque para as porções de camarão e ostra. A água de coco gelada acompanha a refeição e o caju é a pedida para a sobremesa.


A seis quilômetros de Icaraizinho fica a praia de Moitas, ainda mais bucólica, com dezenas de barquinhos atracados. Não deixe de fazer o principal passeio da área - o de balsa, que leva à nascente do rio Aracatiaçu. A embarcação passa por mangues e fazendas de criação de camarão até chegar ao distrito vizinho de Mosquito, onde vilas se escondem entre dunas.

Outro pacato vilarejo nos arredores de Icaraí de Amontada é Caetanos. Rodeada por coqueiros, a praia tem mar calmo, mas recebe rajadas de vento perfeitas para a prática de esportes náuticos. Merecem destaques os restaurantes - apesar de simples, servem deliciosos pratos exóticos como moqueca de arraia e cação ao molho de coco. Estique o passeio até à deserta Lagoa do Sabiaguaba, emoldurada por dunas e coqueirais.
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Você sabe o que é Couch Surfing?

05 maio, 2014


Além do mais, alguns leitores e amigos me perguntam como e onde posso praticar meu inglês.  As comunidades mais ativas do Couch Surfing, ou CS para os íntimos, têm reuniões semanais para os CouchSurfers que estão na área. É uma oportunidade perfeita para conhecer gente nova, praticar seu inglês fazer contatos pelo mundo, e tomar alguma coisa com muita gente legal e cabeça aberta. 

Quando queremos abrir asas e voar, muitas vezes o problema maior é responder para onde e como. No CS você tem a oportunidade de encontrar a resposta para estas duas perguntas fundamentais na vida de qualquer nômade como nós. Já são mais de 3 milhões de membros ao redor do planeta esperando para receber pessoas de todas as raças e credos.
Uma das coisas que mais me chama a atenção no CS é a prioridade pela segurança dos Couch Surfers. Não existe a preocupação sobre parar na casa de um psicopata ou coisa parecida! Antes de fazer um “Couch request” você pode checar a avaliação do seu anfitrião, informações pessoais e tudo mais que você queria saber sobre uma pessoa.

Sou parte do Couch Surfing  desde o final de 2009, o que me ajudou e  muito nestas viagens loucas que faço por aí! No Couch Surfing você pode encontrar um lugar para ficar, companhia, oportunidade de conhecer a cultura local a fundo. A experiência mais legal que tive foi em Bergen, na Noruega. Lá tive a oportunidade de encontrar outras pessoas do CS na mesma situação que eu – trabalho de verão –  e pegar dicas de como lidar com a papelada, ou dicas de mais lugares para trabalhar, e visitar. Fora que é sempre bom ter um grupo de pessoas para tomar um café depois de um longo dia de trabalho e a cada dia descobrir novos lugares para visitar com seus novos amigos.

Como membro seu dever é ter a mente aberta para todos os tipos de culturas e respeitar o próximo acima de tudo. A missão do projeto de acordo com o site é: “apreciar diversidade espalha tolerância e cria uma comunidade global”. Estes dias estava conversando com Eduardo Canastra, Embaixador do Couchsurfing no Rio de Janeiro “e apaixonado pelo projeto”. Bati um papo com ele e acho que vale a pena para os nossos leitores darem uma olhada no projeto do “Couch” ou CS, como é chamado entre seus membros:
- Qual é a essência do Couch Surfing?

Ter um amigo local! É você poder viajar e saber que vai ter alguém local para tomar uma cerveja, conversar e talvez, até te hospedar.
- Há quanto tempo você é parte do CS e de que forma você colabora com o projeto? 
Desde 2009 estou ativo no CS. Hoje sou embaixador voluntário no Rio de Janeiro. A 3a comunidade mais ativa do mundo.
- Quantas pessoas mais ou menos você já recebeu na sua casa e quantas vezes você “surfou” por aí? Mais ou menos? Recebi já umas 80 pessoas na minha casa e já surfei uns 10 sofás pelo mundo.

- Quais são os pontos positivos de surfar no couch de alguém? 
É a troca de cultura. Você passa a viver a rotina do outro, segue as dicas dele e não entra em furada. É muito bom entrar na outra cultura pela porta da frente, pelas mãos de alguém que conhece o local.

Quais são as comunidades do CS mais ativas hoje no Brasil? 
No Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Salvador.
No mundo: Buenos Aires, Berlim, Rio de Janeiro, Londres e Paris.
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